Alugámos uma Kombi, bem conhecida em Portugal como “Pão de Forma”, e lá nos fizemos à estrada, sexta à noite, rumo ao litoral do Rio de Janeiro. A viagem foi um filme de terror. A Kombi tem tanta estabilidade como um carrinho de compras do Lidl, e nós tanta experiência a conduzi-la como a pilotar aviões. Depois de 6 horas de tortura chegámos e achámos por bem festejar o facto de estarmos todos sãos e salvos com umas cervejitas e umas pevides, ao som do violão.
A casa que alugámos era um espectáculo. Três camas de casal, 2 beliches, alguns sofás, churrasqueira, piscina, rede... Enfim, um casarão!!! O gang que foi estava ao nível... Consegui reunir todos os que faziam falta. Acabou por ser um aniversário memorável onde surpresas não faltaram :)
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Happiness
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Discovering
Ilha bela foi fantástico. Alugámos um carro e seguimos rumo ao litoral de São Paulo que tem praias paradisíacas que passam completamente despercebidas na Europa. A raquel arranjou-nos alojamento numa casa de uns amigos dos tios dela com 10 camas e 3 sofás, o que foi perfeito pois éramos 11. Sábado alugámos uma lancha e passámos o dia a saltitar de praia em praia na ilha. A cor da água é verde esmeralda e hipnotiza qualquer um! À noite fizémos a festa em casa com muita cerveja, alegria, música e jogos da máfia como a leotte lhes chama. No Domingo vimos as cachoeiras dos três tombos, aterrámos na praia e fomos completamente devorados por borrachudos e pernilongos – as melgas que deixam marca para o resto da vida! Isto já foi há mais de 3 semanas e contínuo a coçar-me das picadas de ilhabela.
A noite de sexta começou no “Escritório da Cachaça”, 2 metros quadrados com mais de 2000 garrafas de cachaça... Provámos várias mas sem dúvida as eleitas foram a “Vamos Nessa” e a “Gabriela Cravo e Canela”. Já tortos, fomos sair para um bar chamado Dinho’s que me fez lembrar o velho Bote na Comporta. Conheci o dono que rapidamente me deu liberdade para fazer as minhas próprias caipirinhas – desastroso..! O Dinho vive num veleiro e sustenta-se com o bar. Tem o estilo de vida com que muitos sonham nas grandes metrópoles... A simplicidade com que leva a vida chega a dar inveja!
Sábado foi um dia difícil... Fomos para a praia da Trindade na esperança de conseguir curar o excesso de cachaça do dia anterior, mas o acesso à praia era uma verdadeira prova do “Nunca digas Banzai!”. Após 20 minutos de hora de ponta na trilha com largura quase insuficiente para uma só pessoa e com escalada pelo meio, foi-nos interdito o acesso à praia pelos bombeiros pois 3 raparigas tinham sido comidas pelo mar.
Os regressos a São Paulo são estados depressivos crónicos. Chega às 16h da tarde de domingo e as expressões faciais mudam drasticamente. Um mix de nostalgia com revolta por não poder viver nesta letargia viciante para sempre. Nas nossas cabeças um eco grita “Não me leva daqui, PELO AMOR DE DEUS” haha
quinta-feira, 19 de março de 2009
Antítese
Depois de muito stress, telefonemas, correrias a cartórios, leituras de contractos, conversas com advogados, idas ao banco e muito desespero… lá conseguimos um apartamento jeitosinho em São Paulo! Fica no bairro Moema, a 3,5km do nosso trabalho, e temos ônibus directo, o que nos facilita muito a vida a nível de deslocação. Pior que encontrar casa, pior que fazer a mudança, pior que tudo o que possam imaginar que envolva fazer um contracto de arrendamento, são as transferências de dinheiro para o Brasil e a falta de bom senso de alguns brasileiros! Enfim... só um pequeno desabafo do filme de terror que vivi para consumar o arrendamento do apartamento.
Mas valeu a pena a tortura, pois nas últimas semanas tem sido só disfrutar da casinha. Tanto que nem tem dado tempo de actualizar o blogue! :P
Carnaval
O carnaval chegou sem eu dar conta – em São Paulo a febre não é tão grande como no Rio e há muita gente que não gosta do carnaval – mas depressa fui assaltada pela folia quando cheguei ao Rio. A viagem de ônibus foi uma delícia, por mais estranho que isto vos possa parecer. Viaja-se deitado e as poltronas são tão confortáveis que é difícil perceber que estamos 6 horas enfiados num autocarro. Se pudesse ía de ônibus para portugal!!
Foram 5 dias de loucura… Éramos 20 numa casa com 3 quartos, onde até o metro quadrado da dispensa estava a ser aproveitado! Espaço mais optimizado que lá em casa, só mesmo a praia de Copacabana e Ipanema, onde era impossível ir ao mar sem pisar no minímo 3 pessoas. Todos os dias, de manhã à noite, se ouviam blocos pelas ruas com pessoas em estado de êxtase a emanar felicidade e transpiração por todos os poros. E quando pensava já ter visto tudo, surgiu a oportunidade de ir ao Sambódromo assistir ao vivo ao desfile das escolas de samba por 15€ regatiados na candonga. Ao pé do carnaval do Rio os nossos santos populares e o 1º de Maio em Berlim são para crianças!
Mas o carnaval não foi só caipirinhas, calor, samba e praias… :P Algum do meu tempo dediquei a namorar a cidade que parece ainda mais maravilhosa do que da última vez que a vi. Caminhar no calçadão.. Subir o pão de açucar.. Ir de bondinho a santa teresa.. Ver o pôr do sol em ipanema..
De volta a São Paulo
Do carnaval até hoje o tempo passou a correr. No fim de semana seguinte recebemos os inovios de São José dos Campos e pouco tempo depois chegou a primeira visita de portugal. As semanas passaram a voar entre jantaradas, choppes e churrascadas. Decorreu um evento chamado restaurant week (http://www.restaurantweek.com.br/) onde muitos dos restaurantes mais badalados se disponibilizaram para almoços e jantares a preço fixo. Fomos ao Chácara Santa Cecília (http://www.chacarasantacecilia.com.br/) que é bem giro e ao Ó do Borogodó ouvir sambinha ao vivo. Também descobrimos o Diquinta (http://www.diquinta.com.br/), um barzinho samba rock bem legal.
De volta ao Rio
Tive oportunidade de voltar ao rio e desta vez fazer programas mais locals como jantar na Lapa e ir à Casa Rosa. Mas o que vai ficar para sempre na minha memória foi a ida à festa funk na favela Rio das Pedras… Apanhar uma van e ir a uma festa funk numa favela é qualquer coisa como andar de montanha russa a ver porno – calculo que a adrenalina seja equiparável :P
Trabalho
No trabalho dei por finalizado o período de adaptação. Mais disperta e integrada no ambiente, anseio desesperadamente por desafios que me façam crescer profissionalmente mas, entre o que o programa inov aspira ser e o que realmente é, o único desafio que tenho enfrentado é o da paciência de jó. Vou tentando abstrair-me da perca de tempo que é ir trabalhar todos os dias e programando explorações ao território brasileiro. Próxima paragem será Ilha Bela que só pelo nome dispensa introduções (http://www.terraemarturismo.com/) *
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Getting established...
A semana foi marcada pela ansiedade de encontrar uma casa. Eu e o joão já corremos meio São Paulo de ônibus e nada até agora. Apartamentos normais é quase impossível encontrar mobilados e, quando encontramos, não fazem contractos de seis meses; flats há muitos mas nem todos têm geladeira ou fogão e, quando têm, já saiem fora do nosso budget; fora os promenores localização, transportes à mão, etc.. Só para terem uma pequena ideia do que têm sido a odisseia encontrar apê.
Para evitar longas horas de trânsito no regresso a casa, cá é muito comum ficarem no boteco a beber chopps depois do trabalho até a hora de pico passar. Terça, mesmo não tendo carro nem casa, alinhámos no programinha paulista com os colegas de trabalho e provámos pela primeira vez o chopp Original que é bem parecido à nossa Super Bock. Quinta fomos a um bar de sinuca e ficámos, desta vez até um pouco mais tarde, a dar tempo ao trânsito, na companhia dos big bosses da empresa, da happy hour da caipirinha e muitas porções de salgadinhos. Se com algumas caipirinhas já pensava ver as bolas da sinuca todas iguais, o João chamou-me à atenção para isso mesmo – aqui as bolhas de snooker são todas preenchidas, não há pijamas! As equipas dividem-se a jogar às bolas pares e impares, sendo a preta uma bola normalíssima. No ínicio do jogo tira-se uma bola ao calhas para fora e volta-se a pôr no final, quando já não há mais bolas da nossa equipa para meter. Baralhados?? Pois, por isso mesmo é que preferi ir para a mesa de pimbolim (Matraquilhos :P)
Sábado com o sol bem alto e bem quente fomos ao parque ibirapuera – o Central Park de São Paulo. Alugámos bicicletas e percorremos os 1500km2 de pura natureza que o parque tem. À noite fui sair com a Mayara e o Philipe (zucas que conheci no Oasis antes de vir) para o Fidalga 33, um barzinho simpático em Vila Madalena. Era a festa de anos do Philipe e por isso, a cada 15 pessoas que entravam, ofereciam uma garrafa de Jeropinga.
Deixo-vos os primeiros registos fotográficos tirados em São Paulo e aproveito para partilhar algumas curiosidades. Em Sampa as passadeiras existem como mero elemento decorativo – ninguém pára para os peões passarem e, se estiverem a atravessar na passadeira, é uma sorte se vos apitarem para sairem da frente! Quando cá vierem lembrem-se disto, pois já ía sendo atropelada umas quantas vezes. Aqui o MacDonald’s tem entregas ao domicílio e um Happy Meal chama-se Mac Lanche Feliz. Ah! E se por acaso receberem brasileiros em Portugal não lhes dêem água Penacova para beber. É que para eles lê-se “Pé na Cova” e é água que mata a sede e não só! Hahaha =) *
sábado, 31 de janeiro de 2009
First Impressions
Arriving
O meu primo zuca foi-me buscar ao aeroporto e para não apanharmos hora de pico em São Paulo - que pode chegar a 200 e poucos km parados nada apetecíveis – levou-nos a jantar a uma churrascaria brasileira a caminho para pouparmos duas horas de trânsito. A minha primeira refeição em Sampa deu para perceber que claramente ou me ponho a correr o tartan todos os dias ou engordarei no mínimo 30kg durante a minha estadia. Os empregados traziam compulsivamente diferentes tipos de carne. Um manjar riquíssimo com uma variedade de sabores interminável… Até rã no espeto provei!!!!!! E acreditem… BEM BOM!!!!
As primeiras duas semanas aluguei um Flat com o João no outro lado da rua das nossas empresas, até encontrarmos apartamento para o resto da nossa estadia. As condições aqui são agradáveis e tentadoras, é igualzinho a estar num hotel mas chamam-se flats.
Na noite de quarta-feira fui convidada pelos patrões a ir a um jantar da comunidade tuga deles. O restaurante é conhecido em São Paulo, o cozinheiro é português e o ambiente muito agradável. Misturada no meio de uma lista de pratos requintados e com toque nouvelle podíamos encontrar Alheira de Mirandela a preço de ouro. Aproveito para desmistificar dois grandes mitos – Tudo no Brasil é barato e faz sempre bom tempo do outro lado do atlântico. O nível de vida em São Paulo é caríssimo e quando chove aqui, chove à séria!!!
Acabei o dia a beber o meu primeiro e merecido chopp brahma num café bem giro – peçam-me para vos levar lá se vierem cá. Ainda deu para ver umas lojinhas e comprar o primeiro par de hawaianas haha
Primeira Balada
Primeiro Balanço